Canario Caliari, vindo de Colatina no Espírito Santo, tornou-se empresário, consultor e fotográfo aqui em Recife. Morador do bairro da Boa Vista onde mantém uma Boate e sua ONG Instituto Boa Vista. Ele nos conta um pouco da sua trajetória profissional e da sua vivência no bairro.

Conexão Notícias Boa Vista: Sabemos que você não é natural de Pernambuco. O que te fez se apaixonar pelo o estado e morar na Boa Vista?

Canario Caliari – Sou natural de Colatina, Espírito Santo, cidade de colonização Italiana no norte do Estado.

Cheguei a Recife de uma forma muito inusitada, estava fazendo uma caminhada por todo o litoral do  Brasil,  em dezembro de 1996, passava por Recife, e uma jornalista, Silvana Dal Bosco, me apresentou Maria do Céu, dentro da Boate Dr. Froid, amor a primeira vista, em 2000 nos casamos e  em 2001 fundamos a Boate  Metrópole, no mesmo prédio que tinha conhecido Maria do Céu, com quem sou casado até hoje e temos 4 filhos maravilhosos, ou seja: O Céu de Recife, Junto com o Céu de Pernambuco, mais Maria do Céu, me fizeram ancorar por aqui e amar esse povo e essa vida Pernambucana.

CN: Antes de se tornar um empreendedor de sucesso, fale um pouco da sua trajetória profissional e em que área você atuou?

CC: – Fiz radialismo na Escola Técnica Federal do Espírito Santo, Comunicação Social, na Universidade Federal do Espírito Santo, especialização em áudio visual em Montpellier  na França. Quando voltei ao Brasil,  Fui trabalhar na TV Gazeta Espírito Santo e vi que não era aquilo que eu queria naquele momento, então fiz um projeto com o geógrafo Sergio Rondelli, que consistia em caminhar todo o litoral do Brasil documentando em texto, fotos e vídeo nosso litoral, bem como nossa população. Depois dessa empreitada na virada do milênio fiz uma viagem agora de carro por todo o interior do Brasil, Virei consultor e palestrante empresarial, fui colaborador da empresa Amana-Key por 12 anos e quando me casei  com Maria do Céu, resolvemos colocar em pratica um sonho comum, fazer uma Boate Diferente, Nasceu a Metropole.

CN: Foi difícil empreender em Recife?

CC: – É muito fácil ser empreendedor no Brasil e no Nordeste as facilidades se ampliam, temos uma população  muito criativa, espaços em branco para serem ocupados e consumidores ansiosos por coisas novas, o único problema ao meu ver é o estado, extremamente burocrático e ineficiente, só vem ate você para cobrar, jamais ajudar ou dar informação de como se deve fazer.

CN: Fala um pouco do Instituto  Boa Vista?

CC: – O Instituto Boa Vista, nasceu da necessidade que senti sendo proprietário da Boate Metrópole, semanalmente apareciam jovens que os pais ao saberem que eram gays expulsavam de casa e esses mesmos jovens iam até a Boate atrás de emprego, ajudamos alguns, mas, ficou inviável, pois, eram muitos, daí nasceu o Instituto Boa Vista, uma ONG que tenta promover formação e geração de emprego e renda para as populações descriminadas.

CN: Quais os planos para o futuro?

CC: – Sou um sonhador por natureza e espírita, meus planos para o futuro são enormes, temos a Feira da Boa Vista, que fizemos uma primeira edição, que vamos reeditar em breve, fiz um filme o Capibaribes da nascente a foz, que já foi selecionado para vários festivais de cinema ambiental, e que me fez voltar o olhar para  a escassez de recursos hídricos, então estou com um projeto para o Rio São Francisco   que em breve estará sendo executado, e também um programa de TV na TV Jornal. E outros que ainda virão em breve.

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